O Partido é dos Trabalhadores!
- André Tristão Aquino
- 1 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Parece estúpido ter que lembrar que o PT - Partido dos Trabalhadores é, de fato, dos trabalhadores. Criado em 1980, a partir de um movimento sindical com apoio de intelectuais e de movimentos católicos ligados à Teologia da Libertação, o partido assumiu a defesa do socialismo democrático a partir de uma visão nacionalista e trabalhista.
Após quase quatro décadas, pode-se afirmar que o sucesso alcançado pelo partido foi, justamente, a defesa das causas trabalhistas. A pauta principal era a melhoria das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores.
O que aconteceu?
Com a visibilidade, via sucesso político, que o partido alcançou, tendo Lula como seu grande comandante, diversas correntes de pensamento pularam pra dentro do barco petista.
Entre eles o movimento que se ocupa das questões identitárias, que foram capturadas pelo neoliberalismo, inclusive tendo seus representantes financiados por organizações norte-americanas tendo à frente barões do capital como George Soros. E isso é grave!
Grupos de feministas, gays, e de raças passaram a protagonizar grande parte dos discursos de esquerda. Ressalte-se que esses grupos precisam ter seus direitos reconhecidos e que sua luta é legítima!
Pauta comum: todos somos trabalhadores
É preciso ter em conta que vivemos em um país com um ranço conservador fortíssimo e que tais questões não reverberam positivamente para grande parte da população brasileira. Daí o nefasto preconceito.
Que se respeitem os direitos individuais de gays, lésbicas, feministas, negros, índios. Mas, não nos esqueçamos que esses, também, são trabalhadores! E no que diz respeito à política atual, a defesa precisa ser feita acerca dos direitos trabalhistas.
Portanto, ao PT, em nosso humilde entendimento, cabe retomar o caminho da luta trabalhista. Principalmente em tempos de complexa e dinâmica geopolítica em que, exige do campo progressista uma forte veia nacionalista.
Isso vale também para toda a esquerda branca, negra, homem, mulher, hétero e homossexual. Há vários espaços para debate e desenvolvimento de ideias, porém, o momento exige foco em defender direitos que estão sendo dissolvidos. Isso enquanto a esquerda discute questões puramente homo afetivas e feministas, por exemplo.
O ponto é que precisamos de mais políticas trabalhistas que combatam a exploração e menos identitarismo. Pausa pra reflexão e uma tarefa para todos nós: as questões identitárias podem estar nos levando para uma bolha?
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